16 de abr. de 2011

Eram fortes, agudos, longos. Eram os gritos mais horripilantes que já ouvi. Potentes como trovão de longe se podia ouvi-los. Logo assustou e chocou a todos. Seguidos de pedidos de socorro e a Deus se uniu a móveis quebrados. Eram caixas de madeira, vidro estilhaçados, pedaços de uma coração já despedaçado. Não se sabia se aquela jovem estava apanhando, morrendo ou simplesmente gritava por súplica, desespero. Só se ouviam os gritos. Aos poucos, quem ouvia tal tragédia foi se tornando ator daquele espetáculo e as mãos começavam a suar, dedos a tremer, olhos enchiam de lágrimas... De repente cessou-se ... tão profunda que não se distinguia se era apenas calmaria ou um adeus.