10 de fev. de 2009

Ensaio Sobre a Cegueira




Ensaio Sobre a Cegueira

Filme do diretor Fernando Meirelles sobre a obra de José Saramago, estreiado em Setembro de 2008 nos cinemas, que simplesmente me conquistou e fez com que se tornasse um dos melhores filmes que já assisti.
Um filme um tão quanto conflitante e reflexivo que conta a história de uma epdemia que surge na sociedade. A chamada "Cegueira Branca", nome este que se define devido ao fato de que os cegos não enxergam totalmente escuro, negro, como se imagina e sim uma claridade muito forte, branca.
O que parece um problema de falta de visão logo se transforma numa verdadeira catástrofe humana, em que as pessoas acabam se contaminando pelo simples contato. Talvez o título seja devido a realmente um ensaio sobre quais serião as consequências devido a um surto de cegueira.
A princípio os primeiros "doentes" são isolados em uma área para que ficassem de quarentena e assim não expandir a até então desconhecida doença. Contudo, esse controle foge dos limites ao ponto de causar uma super lotação no hospício em que se encontravam, e é a partir dái que o caos se inicia.
Sem subsídeos e sem nenhum contato com o mundo externo, a não ser com os guardas que vigiam o local, os cegos são literalmente jogados naquele hospital/hospício e tentam se adaptar a nova vida passando por várias dificuldades desde higiene até relacionado a alimentação, em virtude da grande número de pessoas no local e a pequena quantia de alimento ao longo dos dias gera-se um guerra verdadeira guerra moral.
Nota-se que no filme as personagens não possuem nomes específicos desse modo sendo chamados de A mulher do médico, o médico, Mulher dos óculos escuros, rei da ala 3, primeiro homem cego, velho da venda preta, dentre outros.
Dentre tantas pessoas sofrendo com a cegueira branca apenas uma mulher pode ajudá-los. Julianne Moore que interpreta a mulher do médico que apesar de ter tido contato com seu marido, uma das primeiras pessoas a contrair a doença, curiosamente não é contagiada. Logo, no hospício dos cegos é a única que realmente enxerga e a única que mantém as ordens naquele lugar abandonado. A mulher do médico naquela ocasião é os olhos de todos, o que acaba deixando de cumprir seu papel de esposa e passa a se fazer como uma verdadeira mãe.A falta de higiene e organização é deprimente no local, onde os cegos fazem suas necessidades e se amontuam em qualquer lugar. Durante o filme existem alguns momentos cômicos que por alguns instantes fazem fugir da visão aquela verdadeira história de terror.
Destaco certo momento do filme, um dos que mais me impressionou, em que pela falta de comida o rei da ala 3 que apossara-se do poder do hospício e com uma arma de fogo em mãos pede jóias e objetos de valores em troca de alimentos já que estes estavam escassos. Visto que logo as jóias se acabariam o rei da ala 3 sugere que ofereçam para ele e seus comparssas os corpos das mulheres de outras alas em troca de comida. Chega a encher de lágrimas os olhos assistir cenas de horror em que mulheres tem de deixar sua dignidade e honra para não morrerem de fome. Se não bastasse isso ainda ocorre o assassinato de uma das mulheres-mercadorias por ser já de uma idade mais alta e assim não suprir as vontades e desejos dos homens-monstros. Peixe velho, como eles falam.
Até que ponto vai sua honra?
O ponto crucial acontece na parte que finaliza a história, onde após um ataque na ala 3 o prédio acaba se incediando e dessa forma todos vão para o pátio afim de que guardas e autoridades lembrassem dos cegos que ali estavam jogados. Nota-se que o ataque fora planejado pela mulher do médico, afinal, ela tinha todo o controle a sua vista.
Com o prédio em chamas percebe-se que estava abandonado e os portões abertos. Os cegos estavam livres. Livres para "ver" o mundo por fora daquelas paredes imundas. Assim pode se ver o caos que se transformou a cidade, totalmente suja e vazia só restavam alguns cegos morimbundos se arrastando e tentando sobreviver na nova terra dos cegos. Em terra de cego quem tem um olho é rei, e quem tem dois e ainda enxerga era considerado um Deus!
Sortudos foram aqueles que já livres em meio a confusão da cidade conseguiram acompanhar a mulher do médico que os guiavam em busca de abrigo e alimento.
Agora imagine uma cidade onde de repente ninguém enxerga, muitas vezes até sozinho. A briga por alimentos e sobrevivência novamente é percebida por quem acompanha o drama.
O desfecho do filme se dá quando a primeira pessoa que teve a cegueira branca recupera sua visão e assim dá-se a atender que aos poucos todos voltarão a enxergar normalmente.
O filme faz com que reflitemos e pensemos como está a sociedade hoje e o que aconteceria se de repente alguma guerra simplesmente surgisse, também que pensemos em nossas vidas pessoais.
Afinal quantas vezes deixamos de enxergar a realidade por medo e receio e quantas vezes enxergamos até além do que deveríamos.
Mas e você?
Atualmente é prefirível enxergar a realidade com nossos olhos ou com os olhos de um cego?

2 Opiniões:

Anônimo disse...

Sinceramente, nao li o texto todo.
Não qro saber do final do filme, qro assisti-lo uai.

To curiosao pra ver.
Abç

●๋•รятª. {Lαяα}●๋• disse...

oooi! eu olhei esse filme e tiipo naum consegui entender o final dele .. Será que alguém podeira me manda um e-mail falando do final? (larissa-gremista@hotmail.com) éq eu peguei esse livro na biblioteca da minha escola e tenho qe apresentá-lo essa semana e naaaum vai dar tempo de eu le o final e pelo filme eu naum consegui entender o final 8/
Obg. *-*