18 de mai. de 2010

Atos traidos

Estava ali frente a frente com o pote de ouro, bastava apenas um único movimento discreto para se concretizar o feitio. Sentia as veias saltitantes e o suor escorrendo pelo seu rosto ingênuo, não sabia a ação diabólica que estava por vir.
Todos pareciam olhar e auto retratar seu rosto que estava tão vermelho que não podia disfarçar nem se esconder atrás de suas tentativas de falsos sorrisos. Tentavam sussurar palavras imaginando todos surdos.
O pote tinha aspecto peculiar, um tanto quanto grotesco e pré-histórico mas reservava informações preciosas que fascinaria qualquer cego que se atravesse a olhar para tal, podia-se comparar com uma senha de um cofre cheio de riquezas ou até mesmo a resposta para aquelas perguntas irrespondíveis, quão grande era sua função de se alto auratizar.
Bastava apenas um passo para saltar do precipício e matar-se ou para gozar de exctase. Não conseguia definir se sorria ou se deveria se envergonhar. Talvez outros também o fariam. Talvez não. Feitos tigres traçoeiros se definiram como donos da razão, e misturando-se com o ar fungiram sem deixar rastros e marcas. Tentaram não deixar.
A sensação de euforia se tornara a partir daí inevitável e amedrontosa. O próximo passo era fugir. Novamente se sentiram como artistas num palco onde cada movimento e palavra é observador atentamente por críticos. Enfim tentaram relaxar.
O ato fora cometido e sabiam que pra sempre lembrariam do fato.
E um coquetel de sensações de euforia, medo, prazer e ansiedade tomava conta dos que agiram pela primeira vez. Talvez a primeira e última...Talvez não.

3 Opiniões:

vivi_ disse...

Ki bom... no coments xiu

Feelipe Antunes disse...

Muito bom texto.
Adorei

Unknown disse...

very nice rs